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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Premonições


Aos poucos vou descobrindo elos estranhos entre Sueto e Kaffa.
Descubro várias relações dos felinos com o escritor tcheco.
Coincidência? 
Sempre que procuro falar sobre este assunto com Sueto, ela se mostra arredia, faz de conta que não entende. 
Mas começo a a desconfiar que entende muito bem. 
Não pode ser totalmente por acaso que , um dia destes, despedaçou O Processo afiando as unhas.
Preciso saber o quanto antes o que está acontecendo. 
Já fui alertado para o fato de que as iniciais G.S. podem indicar tanto Gata Sueto quanto Gregor Samsa.  
Se Sueto tinha já manifestado o temor de acordar de um sonho angustiante transformada num monstruoso ser humano, pergunto-me se parte desta profecia não estaria se realizando mas parcialmente ou de outra forma.
Agora tocou a mim ter estas premonições.
Algo tenho que averiguar antes que possa me descobrir, irremediavelmente, sendo parte desta conspiração.  

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

De pequeno é que se torce...


Vídeo ( sem som) da Sueto jovencita... Dá uma idéia do que se tornaria depois...

Love is a good thing



Como Sueto começou a apresentar um comportamento diferente decidi levá-la ao psiquiatra. Por acaso comentei com um amigo.
Psiquiatra? Mas ela não é uma gata?
- Felina...e meio humana..
- Gata ou felina não é o mesmo? A última parte meu amigo ignorou...
- Bem, sim e não...
- Não vou discutir sobre isto. E, então, o que descobriu?
- Não tenho certeza...
- Com psiquiatras é sempre assim, mesmo em se tratando de gatas. Ou felinas...
- Quero dizer os sintomas são característicos mas é difícil dizer ao certo
- Não pediu exames?
- Exames?
- Sim, exames... os médicos, e psiquiatras são médicos, sempre pedem.
- Não, neste caso não. Mas me perguntou que livros e poesias ela anda lendo, que músicas anda ouvindo.
- E tu sabes?
- As músicas sim, porque acabo escutando.
- E os livros?
-Só alguns, os que ela deixa em algum canto. Deixa livros por todos os cantos.
- Mas algum em especial?
- Sim, creio que sim, alguns... "Veinte Poemas de Amor" é um deles.
- Do Neruda?! O comunista?
- Sim, foi perseguido, exilado, por isto.
 - E o que pretende fazer a respeito da gata... felina?
- Estou pensando... que tal me apaixonar também?
- Está perfeito ... Avise-me quando se curar... 

Meu amigo foi embora mas fiquei pensando. Meu amigo não acredita no amor e eu me inclinaria a pensar como ele.
Mas haveria outra forma de entender a Sueto?



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Noite de Natal

Sueto passou a noite de Natal pensativa.
Manteve-se alheia à agitação que se observa neste momento.
De fato creio que ainda não entendeu a forma como pretendemos, em uma data, manifestar tantos sentimentos de amor e de interesse para com os demais , inclusive, mais recentemente, muito pelos animais
Corremos para as lojas para comprar qualquer coisa que represente uma "lembrancinha" e que possa traduzir algo que nos sentimos compelidos a manifestar.
Acho que talvez seja isto o que não entende.
Que queiramos, em um único momento, transmitir algo que deveria estar presente em nossos atos e sentimentos em todas os dias e todas as horas.
Deixei-a, contudo, ficar em seu canto ensimesmada com suas reflexões.
Além disto parecia muito distraída em assistir a um vídeo que me pareceu ser sobre música pois pude ouvir alguns trechos de Bach.
E apenas hoje, pela manhã, pude entender a razão de tanto recolhimento de sua parte.
Vendo o vídeo emocionei-me e entendi algo que até um felino podia entender mas que a nós, humanos, custava tanto.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Espírito de Natal


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Queria descobrir...


Surpreendo Sueto cantarolando uma canção bem baixinho....É quase um murmúrio mas consigo distinguir uma parte em que diz " queria descobrir em 24 h tudo que você adora". Sueto estará apaixonada?

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sábado, 1 de dezembro de 2012

Humanos testam sua inteligência


Cena de um felino presumidamente sendo testado por um humano. Os humanos, sempre inseguros de sua inteligência, gostam de ficar testando a dos outros animais para ter certeza de que não foram ultrapassados. Parece não perceberem que é a própria inteligência que estão colocando à prova e que  ficar fazendo estes testes é a primeira demonstração de que já foram. 

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Falujah :más notícias para Sueto

Sueto vai detestar esta foto, principalmente em vê-la postada aqui. Mas decidi aproveitar um momentâneo melhoramento das relações entre as duas para dar esta oportunidade a Falujah de ser conhecida. É também um prêmio ao seu comportamento, ela  tem se mostrado menos arredia e até, pelo contrário, surpreendentemente carinhosa e procurando atenção. Sueto, por sua vez, anda meio distante, ensimesmada em seus pensamentos. Talvez pressinta que tenha que dividir um pouco de seu reinado com esta figurinha. Em meu coração, até hoje inteiramente dedicado à Sueto, confesso que já achei um lugarzinho para acolhê-la. Sueto, perdão.



domingo, 25 de novembro de 2012

Queria Entender


Queria entender melhor o temperamento e o modo de agir da Sueto.

A muitos ela parece meiga, uma gatinha doce, sensível às manifestações mais sublimes do mundo felino e também humano do qual compartilha.

E é assim, tenho que admitir,  que ela se apresenta em muitos momentos.

É a gatinha amorosa que vem sentar em meu colo, mordiscar minha mão, atravessar a casa à minha procura até me encontrar onde estou e ali ficar durante horas me fazendo companhia.

A muitos ela parece também meio intelectual, versada em línguas e conhecedora das artes, das ciências. É assim que ela, frequentemente, se apresenta mas, em parte, pode ser apenas uma imagem que procura criar. De qualquer modo muitas vezes ficamos os dois ouvindo os clássicos ou quantas vezes ela fica me ouvindo a recitar poesia.

Se considerarmos que é charmosa, atraente, seria, enfim, uma gata que qualquer humano gostaria de ter ao seu lado.

Mas parece existir também nela um lado menos dócil que vai transparecendo em seus comentários críticos, em sua ironia. 

Este lado, ao qual se soma o de algumas mordidas mais fortes, um arranhão que me faz sangrar com suas unhas afiadíssimas, não sei muito bem ao que atribuir. 
Será insegurança ou manifestação de alguma frustração?

Há quem me acuse dizendo que é resultado de minha influência ou, indo mais longe, até insinuando que a Sueto serve de instrumento para minhas próprias secretas intenções.

Mas credito isto ao ciúme, à inveja e, sobretudo, à falta de imaginação destas pessoas. Prefiro , portanto, não dar atenção a estas insinuações. 
Tenho procurado me manter afastado de qualquer interpretação que possa perturbar a paz e o entendimento que eu e Sueto alcançamos que já não é muito fácil entre humanos, mesmo entre um homem e uma mulher, que dirá entre um humano e uma felina.

Por isto me consolo de não poder entender como queria a personalidade de Sueto. Contento-me com sua presença ao meu lado . 
Já começo até a não me incomodar muito que se deite no sofá da sala e roube alguma coisa da cozinha aqui e ali.

Angustia-me, isto sim, vir a perder o privilégio de poder, quando me sento em frente ao televisor ou a ler , tê-la estendida no tapete à minha frente e poder ficar massageando ao mesmo tempo meus pés e sua barriga macia e aveludada.

Quando me lembro que garanto estes pequenos prazeres em troca de cuidados simples , entre eles o fornecimento de  pequenas porções de patê de atum e eventuais doses de leite com rum, além de atenção e carinho,  sinto uma espécie de felicidade. 
Recosto-me, então, para trás no sofá e levanto o volume do som, como agora neste momento , a ouvir o concerto para piano, k.467, de Mozart.  
 Fecho os olhos e fico sentindo a leve brisa que entra pela janela acariciar-me o rosto. 
Pena que Sueto saiu daqui. Estranho, ela gosta tanto de Mozart e deste concerto em especial. 
Mas as felinas são assim, não queiras entendê-las, apenas compartilhes com elas aquilo em que nos completamos.

Mas, em seguida, percebo que Sueto reapareceu...

Deve ser porque começou o movimento Andante, seu favorito. Meu favorito também... 
Estou dizendo, combinamos em tudo....

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sábado, 27 de outubro de 2012

Sueto e seus amigos fantasmas


Sueto e seus amigos fantasmas... cedendo à atração de se tornarem felinos...Veja a  animação de Ojolie Cards.



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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Fica Quieto...


sábado, 20 de outubro de 2012

Bonne Journée

Incrível animação de autoria de Jacquie Lawson ... uma pequena jóia de criação que capta, de modo poético, um pouco da essência da psicologia felina... Aviso aos desatentos, clicar no pincel para iniciar....
Acesse AQUI

sábado, 13 de outubro de 2012

Cogito ergo sum?


Hoje me perguntaram se Sueto existe, se não seria apenas fruto de minha imaginação.
Procurei explicar que existe, que se trata de um felino de carne, pelo e osso e que tem, do ponto de vista ontológico e material, o mesmo grau de existência de qualquer humano ou ser vivo.
Minha resposta, no entanto, não pareceu convencer inteiramente meu interlocutor.
Mas, pensando melhor, fui me dando conta de que a dúvida procedia.
Afinal eu próprio, que convivo com a Sueto cotidianamente, fico em alguns momentos a cismar até que ponto é real um pequeno animalzinho  que se intromete de tal forma na minha vida ( e de meus amigos) , em meus atos, em meus pensamentos e sentimentos ao ponto de ficarmos discutindo sua existência e suas idéias.
Dou-me conta, então, neste momento, que a discussão da realidade de sua existência entra num terreno que transcende a simples questão de saber se ela respira, se move, se alimenta ou cumpre outras funções que atribuímos aos seres “reais”.
Ou seja , responder que existe pela presença destes aspectos, digamos, primários ou básicos, é responder muito pouco.
Então, o que dizer?
Confesso que, buscando uma resposta, fico sem ter nenhuma que me convença ou que pudesse, minimamente, ser esclarecedora a todos que se indaguem.
Não sei se é de ajuda mas, enquanto escrevo estas palavras, Sueto entra no escritório. Dirige-se até a escada para o andar superior e olha para cima. Está conferindo se a porta de acesso no topo da escada está aberta. Tem especial predileção por subir a escada e gosta, especialmente, de fazer isto num impulso só  como se fosse um tipo de brincadeira.
Mas está fechada e, com um ar de decepção, olha para mim.
Como não faço nenhum gesto indicativo de que possa ajudá-la dirige-se ,como quem já conhece as alternativas que dispõe, para a sala e pula prá cima da poltrona.
E fica ali , se eu me demorar , até dormir.
Enquanto isto , no meio da noite, ocupado com meus papéis, sinto que tenho companhia.
Esta presença me dá uma sensação confortável  e me faz, acima de qualquer especulação metafísica, perceber que a existência de Sueto é muito forte.
Do contrário, a pensar doutra forma, quem poderia ficar em dúvida se existe seria eu mesmo. 

domingo, 7 de outubro de 2012

Sueto Candidata


sábado, 29 de setembro de 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

Patê de Atum


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Facebook

sábado, 15 de setembro de 2012

É a mesma...


Não são gatos pretos,mas a ternura é a mesma. Não pude deixar de lembrar de meus filhotes ...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

EU, bebê...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Finados





Encontrei Sueto meio pensativa. Até aí nenhuma novidade pois parece estar o tempo todo assuntando alguma coisa.

- Sueto, por que estás sempre mexendo com a natureza das coisas?
 - Porque queria compreender...
- Tem coisas que talvez não possamos entender.
- O quê, por exemplo?
- A origem do universo... a morte... a vida...
- E o que mais?
- Achas pouco?
- Mas para isto não há explicações?
- Bem, há várias, principalmente de ordem religiosa mas, aparentemente, nenhuma que seja inteiramente convincente.
- Eu queria saber mais sobre a origem das coisas , mas não sei nem quem são meus pais.
- É verdade, já te contei que te encontrei abandonada com dois irmãozinhos, numa estrada ... não tinhas nem os olhos abertos.
-  Sei, um de meus irmãozinhos era o Mandela que foi adotado, o outro era uma gatinha que morreu, nem chegou a ter um nome. É tudo que sei de minha família natural. Posso te fazer uma pergunta?
-Claro...
- O que vais fazer comigo quando eu morrer?
- Como assim?
- Vais me jogar no lixo?
- Claro que não, que bobagem...
- Vais fazer o quê? Cremar-me?
- Sueto, por que estás me perguntando isto? Ah, já sei, porque é Dia de Finados... Sabes que quando eu era menino adorava Dia de Finados porque as rádios tocavam música clássica o dia todo... agora tocam funk.
- Está bem, mas responde à minha pergunta.
- Se vou te cremar? Ora Sueto, nem sei se não vou morrer antes de ti.
- Eu quero ser enterrada.

Neste momento não me contive de ser jocoso.

 - Deitada ou de pé? ... Parece que se adota a forma de pé em alguns cemitérios... por uma questão de espaço... não é engraçado? Bem, engraçado , não, mas curioso.
- Me enterra num caixãozinho de madeira, não me enterra numa caixa de papelão.
- Sueto, que idéia, estás me deixando triste...
- Só quero que saibas que a morte não me assusta, morro tranquila...
- Eu gostaria de poder dizer o mesmo...
- É, eu sei, os humanos não sabem lidar bem com isto... aliás nem gostam de ouvir falar na morte...como se a morte não fizesse parte de seu cotidiano, de sua própria essência...Disfarçam, contam piadas, dão gargalhadas, dançam, fazem festas, perdem a consciência embriagados, fumam um cigarro atrás do outro, até se drogam , roubam , matam, torturam, estupram, fazem sexo selvagemente, mas, nada disto impede que a morte esteja ali sempre presente, sem arredar-se...será que agem assim porque, inconscientemente, se dão conta do absurdo da existência?... Camus escreve sobre isto..... alguns ainda procuram uma explicação religiosa mas esta, na verdade, só leva a uma espécie de conforto espiritual e acaba não passando de uma ilusão  ....
- E isto não é suficiente? E a própria vida não é uma espécie de ilusão?
- Talvez ,mas vem acompanhada de muita mistificação , muitos dogmas
- É verdade ...
- Por isto sou atéia...
- Acho que és agnóstica. Ateu é quem não acredita na existência de Deus, agnóstico é quem duvida.
- E não existe um Deus para os felinos?
- Não, Deus é único, para todos os seres vivos.
- Mas cada religião não tem o seu Deus?
- Sim, tem.
-E então?
- Bem, isto seria muito complexo te explicar agora. Mas gatos não tem Deus .
- Mas no Egito eles próprios eram deuses.
- São crenças antigas, hoje já não se acredita nisto.Sueto, tu és uma gata, não deverias ter estas preocupações. Os felinos vivem apenas atendendo aos seus instintos, vivem apenas o momento, isto lhes é suficiente.
- Mas eu me transformei num ser diferente, sabes disto tão bem quanto eu.
- Sei, acho até que diferente demais....
-- E isto também é um fardo para mim. Há quem zombe , quem diga que sou uma criação tua mas, na realidade, tenho vida própria. O que acontece é que às vezes parece que estou agindo como gata, como felina, noutras como humano, como um ser feminino. Dizer que sou uma criação tua é simplificar o que represento.
--  É uma situação que nem todos entendem muito bem....
-- Mas hoje as pessoas se propõem a entender e superar tantas coisas, a homossexualidade, o racismo, as diferenças, como dizem .. como não podem entender o que eu represento?
- Talvez porque fujas aos estereótipos que sempre estão surgindo, o que parece criativo num dia , no outro já se torna estereótipo. E tu perturbas as pessoas porque elas não sabem, entre outras coisas, exatamente como se dirigir a ti. Deves lembrar da minha amiga de São Paulo que negou-se a continuar conversando contigo. Muito inteligente mas disse que não iria conversar com uma gata..
- Me lembro, muito inteligente exceto pela apologia do cigarro. Lembro também ela ter comentado que seu psiquiatra permitia que ela fumasse nas sessões. Foi quando eu quis saber se ia relatar ao psiquiatra que, por um tempo, tinha conversado comigo.
- Mas isto pode ser entendido como uma demonstração de que ela te atribuía existência própria pois justificou-se, ao negar-se a conversar, referindo-se ao fato de seres uma gata.
- É possível...ao mesmo tempo, no entanto, os humanos parecem que se dispõem a aceitar que animais assumam, na ficção, papéis em que interagem com eles ...
-  Mas, nestes casos, os humanos não são instados a interagir pessoalmente com estes seres dotados de virtudes. Então podem separar as coisas e assim lidar com elas. No teu caso é diferente, tu própria não consegues definir a tua condição, isto é perturbador porque obrigas as pessoas que interagem contigo a ter , também elas, que estarem redefinindo a sua própria.
-- Quer dizer que posso provocar isto?
- Sim, acho que sim
-- E tudo que queria é poder comer o meu patê de atum e pegar sol no telhado. Por falar nisto, ainda tem patê na geladeira?
- Receio que não

Sueto me olhou decepcionada. Com o coração partido ainda tentei remendar

-- Mas tem sol no telhado.... quero dizer, tinha, fui obrigado também a emendar, porque naquele instante o céu começou a ficar encoberto
-- Viste, como queres que confie nos humanos? ainda me disse antes de enrolar-se toda e esconder a cabeça embaixo da cola.
Vou dormir, ainda a ouvi ronronar.

Eu com um movimento afetuoso peguei uma manta e cobri-a para proteger do frio.
Pareceu-me, com este pequeno gesto, que protegia a natureza inteira, os pequenos seres que necessitam ajuda em todo o mundo.
Neste momento, pelo menos neste momento, eu me senti o criador e Sueto a criatura.

sábado, 26 de maio de 2012

Larry e Moe

P.R. disse-me ontem que conheceu uns amigos argentinos.
Vieram de barco, um veleiro, e vão subir a costa brasileira.
Com eles viaja Monica que divide seu apartamento em Buenos Aires com Larry e Moe, dois gatos siameses. 
Segundo revelou pode ver da janela em Olivos, embora um pouco afastado, o Rio da Prata e os barcos que ficam passando. Para observá-los melhor comprou uma luneta.
Isto é que a teria motivado a se interessar por náutica.
Agora sai em cruzeiro pelo mundo.
E os gatos?
Ficam também olhando pela janela esperando o dia em que ela retorne.
Enquanto este dia não chega se distraem olhando outras coisas, na foto parece que um pássaro que voa livre do lado de fora.
Os humanos e os pássaros podem ser livres e ir a lugares distantes, os felinos nem sempre..
Eu, no máximo, consigo passear um pouco pelo telhado.
Libertad para los felinos!



terça-feira, 10 de abril de 2012

domingo, 1 de abril de 2012

Gabi, minha fã londrina


Não tenho como evitar o assédios dos fãs.
Esta que insistiu em tirar uma foto comigo é a Gabi. Ela mora em Londres com meu amigo Homer e veio ao Brasil com o James. 
São como dizem um casal simpático.
Ele gosta muito de futebol, torcedor do Birmingham e do Manchester United e saiu com uma camiseta do Brasil, o Xavante.
Se o jogo for do Birmingham vai ser difícil vestir a camiseta xavante pois a do time inglês é azul.
Mas se for do Manchester United vai combinar e pode, das arquibancadas, ficar cantando como diz o hino, nós este ano, vamos vencer...


quarta-feira, 14 de março de 2012

Sueto e James ( II )

O interlóquio de Sueto com James não ficaria completo sem a sequência. 
Decepcionada com a porção de patê de atum que  lhe foi concedida, Sueto analisa a situação e decide voltar aos canais tradicionais.
Volta-se para a sua esquerda onde se encontra Giacomo.
Com ele pode, então, recorrer a métodos mais persuasivos.
Olhando as fotos pode-se acompanhar quais são.


"Com estes dois  não vou conseguir nada"
"Vou me garantir por aqui..."
Cena Final.
Sueto, polidamente como é de seu feitio, mas com firmeza, requer com Giacomo sua participação no botim.
Sueto, com um leve toque da pata, pede patê.

Sueto and James

James, o patê de atum e Sueto
Sueto subiu na cadeira que tem junto à mesa e sentou-se ao lado de James.
- Como vai a Rainha? , perguntou.
James virou-se para o lado e ficou surpreendido de ver Sueto olhando fixamente para ele. Já ouvira dizer que há animais que se comunicam mas era a primeira vez que se deparava com um deles. 
- Bem, quero dizer, acho que vai  bem.
- Você não fala com ela?
- Falar? Não, as pessoas comuns não falam com  a Rainha.
-E você é uma pessoa comum?
- Bem, acho que sou. Quero dizer, isto depende. Para algumas pessoas, meus amigos, colegas, sou uma pessoa legal.Para a Gabi devo ser quase perfeito. 
- Legal quer dizer o quê? Que anda dentro da lei?
- De certa forma...Do contrário estaria preso, completou com um sorriso.
Neste momento Sueto ficou pensando se a resposta de James seria humor inglês.
Mas prosseguiu.
- Está querendo dizer que no Reino Unido quem não anda dentro da lei vai preso?
- Sim, acho que sim...Bem, pode haver exceções.
- Pois no Brasil isto é a regra.
- Ir preso?
- Não , ficar solto.
- Está querendo me dizer que no Brasil não há leis?
- Não, leis há demais. Mas só se aplicam a alguns. Ouvi falar que gatos, por exemplo, nunca são presos. Estes gatos recebem até um nome especial, são gatunos. Isto me deixa tranquilo, é uma das razões pelas quais gosto de morar no Brasil.
- E não gostaria de ir à Inglaterra?
- Não sei. Talvez para ver a Rainha. Gosto de ver estátuas.
James, ao ouvir esta observação, ficou sem saber se tinha entendido.
Não era exatamente um defensor da Rainha nem da família real, mas precisava se certificar do que Sueto queria dizer. Por isto retrucou.  
- Mas a Rainha não é uma estátua.
- Eu sei, pelo menos não no sentido usual do termo.
James novamente ficou em dúvida quanto ao significado do que Sueto dizia. Isto nem sempre é muito fácil em se tratando de gatos.
- Pardon... disse "sentido usual"?
- Sim, porque as estátuas ficam imóveis e a Rainha anda. 
E enquanto James pensava se respondia, Sueto continuou.
Será que a Rainha gosta de gatos?
- Pois não sei.
Queria também ver o Homer... E conhecer o Larry.
-Larry?
-Sim, não conhece?
- Acho que não.
- Larry mora em 10 Downing Street. 
Foi adotado do Battersea Cats Home
- Veja só, não sabia.
- Pois é, mas o detalhe é que o adotaram para pegar ratos. Não imaginava que houvesse ratos   em Downing Street...
- Bem, acho que às vezes aparecem alguns.
- E são grandes?
- Enormes... quero dizer, pelo menos considerando o tamanho de um gato
- São do tamanho de um gato!
- Sim, podem ser bem maiores. 
- Então é por isto que escolheram Larry. Segundo consta em seu currículo ele tem um "strong pedratory drive".
- Então, neste caso, deve servir.
Sueto no seu lugar à mesa
Neste ponto, Sueto fêz uma pausa. James continuava comendo o pão com patê de atum e Sueto não se conteve.
 -Está bom este pão?
- Sim, muito bom, quer um pedaço?
- Não, não ... Mas aceito lamber um pouco de atum. 
   

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Cats for Re-homing :"Marmite"





Marmite is a long haired quiet puss, once he gets to know you he wants to be your best friend.

He was re-homed last August to a lovely home, unfortunately his new owner has realised he has an alergy and has had to return him to us for re-homing yet again.

Marmite would really love to find another home as soon as possible, isn't he lovely...

These are all cats that really need good forever homes, give us a call, or email if you would be interested in adopting one of these beauties.

Please don't call if you aren't serious, these cats need permanent homes, some have been waiting for months.

Thanks
By: Swale Cats Protection

The Story of Shy


Hi, nice to see "shy" in a blog, and a nice name too! This is her story: 1 1/2 year ago she moved in on ouer boat. The boat is placed on island Hasseløy close to a museum. Lots of wild cats there. It is possible for Shy to go inside the boat and sleep hot and safe on woolcarpets, pillows and so. Not allways so fun for us with cathair all over . Normaly she leaves the boat when we enter and we look after her to make sure she has left. But two times she came along out at sea and showed herself, seasick and screaming. So we must return to this island, but we leave her on the other side of the island, - and Shy walks all the way back and allways appears in our boat again. We dont feed her, but she looks well fed and healthy so we are sure she gets food somewhere. If you look in this album, you will see ouer boat Hilton with a blue cover, Shys wintherhouse





..

"Shy"


Sueto sabe muito pouco sobre ela.
Exceto que é fêmea e gosta de ficar em um barco ao que parece na Europa.
Sabe também, segundo o dono do barco, que é uma "shy wildcat".
Por isto decidiu chamá-la Shy.
Mas vive solta ( wild) por que?
Parece tão sociável.
Sueto caiu de amores por ela mas, de fato, queria que fôsse um gato.

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domingo, 22 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Fernando Pessoa

para a Madalena Marques

"Não há que buscar em quaisquer dos textos idéias ou sentimentos meus, pois muitos deles exprimem idéias que não aceito, sentimentos que nunca tive. Há simplesmente que os ler como estão, que é aliás como se deve ler."


Hoje surpreendi Sueto lendo Fernando Pessoa

-Estranho, pensei no primeiro momento, uma gata que lê Fernando Pessoa...

Mas não concluí se achava estranho por se tratar de uma gata ou de Fernando Pessoa . Mais provável que Fernando Pessoa pois em se tratando de Sueto já não estranho mais nada. Para quem lê, no entanto, outros escritores e poetas, também não havia que estranhar em ser Fernando Pessoa.

Enfim, Sueto mais uma vez me desconcertava.

-Já leste? , me perguntou, notando minha curiosidade.

- Sim, claro. Gosto muito de “A Tabacaria” e “Ode Marítima”. Quero dizer, principalmente, porque gosto de quase tudo.

- Não sabes me dizer se escreveu sobre gatos?

O que gosto em Sueto é que sempre está procurando saber mais principalmente sobre os humanos. Já que está destinada a viver, como felina, entre os humanos, empenha-se em conhecer cada detalhe da forma como se comportam. Em particular, investiga o que os humanos pensam ou já escreveram sobre gatos. Tem descoberto muita coisa o que permite concluir, segundo me disse, que eles são muito importantes para os humanos.

- Não sei, realmente não sei. Mas muitos escritores, sim.

- Isto já sei.

- Agora, certamente, o que não é comum, é encontrar felinos que escrevam sobre humanos. O teu caso.

- Mas há quem duvide.

- Do quê? Que escrevas?

- Sim, que sejam textos escritos por mim e não por um humano, no caso tu. Aliás há até quem duvide que eu tenha existência e eu não passe de uma criação literária.

- Sueto, de certa forma, eu concordaria com esta tese, disse tentando ser jocoso. E não sou o único a pensar assim, completei.

Sueto não me respondeu.

Tinha este costume irritante de interromper uma conversa com seu silêncio. Seria uma técnica felina? Teria aprendido com as mulheres?

- Tu não concordas?, perguntei para tirá-la do mutismo.

Como continuou em silêncio, decidi não insistir. Sentia-me humilhado de fazer a mesma pergunta várias vezes tentando ter uma resposta de Sueto. Desta vez, portanto, virei as costas e saí. Mas isto, em vez de resolver a questão, me trouxe irritação ainda maior. Decorrido dois minutos voltei e perguntei

- E então, já tens uma resposta?

Sueto, ainda entretida a ler Fernando Pessoa, deu-me desta vez atenção e perguntou:

- Podes repetir a pergunta?

Só então me dei conta de que já tinha esquecido.


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