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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Falujah :más notícias para Sueto

Sueto vai detestar esta foto, principalmente em vê-la postada aqui. Mas decidi aproveitar um momentâneo melhoramento das relações entre as duas para dar esta oportunidade a Falujah de ser conhecida. É também um prêmio ao seu comportamento, ela  tem se mostrado menos arredia e até, pelo contrário, surpreendentemente carinhosa e procurando atenção. Sueto, por sua vez, anda meio distante, ensimesmada em seus pensamentos. Talvez pressinta que tenha que dividir um pouco de seu reinado com esta figurinha. Em meu coração, até hoje inteiramente dedicado à Sueto, confesso que já achei um lugarzinho para acolhê-la. Sueto, perdão.



domingo, 25 de novembro de 2012

Queria Entender


Queria entender melhor o temperamento e o modo de agir da Sueto.

A muitos ela parece meiga, uma gatinha doce, sensível às manifestações mais sublimes do mundo felino e também humano do qual compartilha.

E é assim, tenho que admitir,  que ela se apresenta em muitos momentos.

É a gatinha amorosa que vem sentar em meu colo, mordiscar minha mão, atravessar a casa à minha procura até me encontrar onde estou e ali ficar durante horas me fazendo companhia.

A muitos ela parece também meio intelectual, versada em línguas e conhecedora das artes, das ciências. É assim que ela, frequentemente, se apresenta mas, em parte, pode ser apenas uma imagem que procura criar. De qualquer modo muitas vezes ficamos os dois ouvindo os clássicos ou quantas vezes ela fica me ouvindo a recitar poesia.

Se considerarmos que é charmosa, atraente, seria, enfim, uma gata que qualquer humano gostaria de ter ao seu lado.

Mas parece existir também nela um lado menos dócil que vai transparecendo em seus comentários críticos, em sua ironia. 

Este lado, ao qual se soma o de algumas mordidas mais fortes, um arranhão que me faz sangrar com suas unhas afiadíssimas, não sei muito bem ao que atribuir. 
Será insegurança ou manifestação de alguma frustração?

Há quem me acuse dizendo que é resultado de minha influência ou, indo mais longe, até insinuando que a Sueto serve de instrumento para minhas próprias secretas intenções.

Mas credito isto ao ciúme, à inveja e, sobretudo, à falta de imaginação destas pessoas. Prefiro , portanto, não dar atenção a estas insinuações. 
Tenho procurado me manter afastado de qualquer interpretação que possa perturbar a paz e o entendimento que eu e Sueto alcançamos que já não é muito fácil entre humanos, mesmo entre um homem e uma mulher, que dirá entre um humano e uma felina.

Por isto me consolo de não poder entender como queria a personalidade de Sueto. Contento-me com sua presença ao meu lado . 
Já começo até a não me incomodar muito que se deite no sofá da sala e roube alguma coisa da cozinha aqui e ali.

Angustia-me, isto sim, vir a perder o privilégio de poder, quando me sento em frente ao televisor ou a ler , tê-la estendida no tapete à minha frente e poder ficar massageando ao mesmo tempo meus pés e sua barriga macia e aveludada.

Quando me lembro que garanto estes pequenos prazeres em troca de cuidados simples , entre eles o fornecimento de  pequenas porções de patê de atum e eventuais doses de leite com rum, além de atenção e carinho,  sinto uma espécie de felicidade. 
Recosto-me, então, para trás no sofá e levanto o volume do som, como agora neste momento , a ouvir o concerto para piano, k.467, de Mozart.  
 Fecho os olhos e fico sentindo a leve brisa que entra pela janela acariciar-me o rosto. 
Pena que Sueto saiu daqui. Estranho, ela gosta tanto de Mozart e deste concerto em especial. 
Mas as felinas são assim, não queiras entendê-las, apenas compartilhes com elas aquilo em que nos completamos.

Mas, em seguida, percebo que Sueto reapareceu...

Deve ser porque começou o movimento Andante, seu favorito. Meu favorito também... 
Estou dizendo, combinamos em tudo....

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