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sábado, 24 de dezembro de 2016

HISTÓRIA DE NATAL


- Pardo, achei que não vinhas
- Vinha, sim, tu sabes que sim
- Mas não tens dado notícias
- Sabes também que não sou muito de usar internet. E muito trabalho na oficina. Muitos ratos, parece que não acabam.
- Ficas comigo?
-Fico sim.
- Vamos esperar Papai Noel?
- Sabes tão bem quanto eu que ele não existe. Teu Papai Noel sou eu.
- Eu sei, mas já acreditei.
- É, eu entendo, parece que todos temos que acreditar em alguma coisa, qualquer coisa.
- E tu acreditas em quê?
- Posso pensar prá responder?
- Se pensares muito vais inventar.
- Então vou te dizer
-Diz
-Eu acredito no teu beijo.
E se beijaram

domingo, 18 de dezembro de 2016

ARROGÂNCIA HUMANA

"Nada é mais incômodo para a arrogância humana
do que o silencioso bastar-se dos gatos.
O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.
O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de
súplica, temor, reverência, obediência.
O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor,
só as saudáveis"
Arthur da Távola

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

MEU CALENDÁRIO


DISCUTINDO A RELAÇÃO

Longa conversa com o Pardo.
Peguei uma carona com P.R. que me levou e depois me buscou.
Fui vê-lo depois de um longo tempo sem ele aparecer.
Alega que anda muito ocupado na oficina, tem que ficar acordado a noite toda caçando ratos.
Já soube que pega muitos, ratos grandes, ratões.
Me disse que tinha caçado um esta noite e que o rato morto ainda estava nos fundos da oficina.
Me perguntou se eu não queria ver.
Eu disse que não, me parecia uma manobra dispersiva do Pardo.
Perguntei-lhe quando ia aparecer e me disse que assim que desse.
Ainda falamos de algumas coisas e, quando P.R. retornou  fui saindo.
Saí triste, o Pardo me pareceu distante.