Gatinha, talvez não percebas mas sempre acompanho, mesmo se estou à distância, teu sorriso, teus gestos, teu modo de ser.
Hoje acompanhei tua inquietação com as manifestações humanas, que foram muitas, todas muito carinhosas e emotivas, relativas ao Dia das Mães.
Sei, gatinha, que perdeste os filhos, sei como isso foi traumático para ti.
Entendo, assim, como um dia inteiro de manifestações deve ter te deixado perturbada, talvez até deprimida.
Mas deves entender que a vida tem te propiciado tantas coisas , coisas boas, inesperadas,
E deves, ainda, te sentir reconfortada por teres bons amigos humanos e teres as felinas que te acompanham.
Faz assim, encara a data como filha, não apenas como mãe, e te coloca no papel de um rebento que nasceu de uma espécie de gravidez falsa, produto de nossa imaginação.
Gato Pardo
P.S.-
(1) Desculpa se ando sumido, é que não sei se queres a minha presença.
Sou assim, as felinas também precisam entender os gatos, somos tímidos, inseguros, carentes.
Mas vou aparecer, tenho muitas saudades.
(2) Lembrei-me da gravidez de Maria, por que ninguém lembrou?