Não deve ter sido de repente, de uma hora para outra, mas quando me dei conta tinha virado gente. Não gente como estamos acostumados a ver, a ter como tal. De calça ou saia, de sapatos, roupa de baixo e quase sempre correndo sem tempo ou parados como imbecis cuidando a vida dos outros.
Gente doutro jeito, com capacidade de saber o que é melhor e de fazer o máximo com pouco esforço.
Isto acho que aprendi dos humanos.
E o interessante é que acho que meu "dono" percebeu. Me trata doutro jeito e, como demonstração a mais clara do que digo, passou a falar comigo. Como não desenvolvi a capacidade de articular as palavras, ele "fala" por mim. Nem sempre é muito fiel, às vezes diz alguma coisa que eu não pensei ou não quis dizer. Mas tudo bem. Me ajuda muito e me permite ter uma comunicação mais direta com alguns seres humanos que me cercam.
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