Gata Sueto, este é um primeiro contato.
Depois de ter minha imagem divulgada em rede social e em função de algum interesse da tua parte, resolvi me manifestar.
Chamo-me Edgar Alan Poe, o Gato.
Na verdade este não é meu nome de batismo, afinal nem batizado fui, venho de uma família alheia a questões religiosas.
Meu meu pai é de uma linhagem de angorás puros que há décadas se reproduzem em torno do mesmo endereço, aqui mesmo onde resido.
Alberto, pai, teve um caso com uma três pelos de rua, e deu numa ninhada de 4 irmãos. Nunca fomos bem aceitos pela "nobre" família e enquanto papai desfrutava dos melhores cômodos vivi a maior parte do tempo com minha mãe, irmãos e primos na gateira do casarão .
Não tenho maiores ressentimentos nem conflitos pois isso me fez um gato menos manhoso, embora os humanos pensem o contrário.
Assim como os demais bastardos cresci sem nome.
Aprendi a responder a "vem gatinho", "bichano", "miau", e outras expressões impessoais para um felino.
Esta quadra é ótima, tem um açougue charmoso que esta aberto há quase 40 anos onde sempre sobra um bom pedaço de carne fresca, movimento de jovens das escolas e cursinhos - para os quais não tenho muita paciência mas compensam as conversas bobas com afagos - o Bar Cruz de Malta embora bem a frente eventualmente visito sem precisar dos telhados, e principalmente desde há alguns anos o Sebo aqui ao lado.
Foi ali que conheci a literatura. Já nos primeiros dias passaram a me chamar de Edgar, alguns pela intimidade de Ed -o que eu não gosto, as vezes pelo nome completo de Alan Poe e alguns apenas por Poeta o que não faz muito sentido porque não escrevo uma linha e minha poesia é a rua.
Se pudesse teria escolhido outro nome, Matheu o liberto de Sartre faz mais meu tipo, Idade da Razão é meu livro e a propósito, e antes de mais nada, sou castrado e portanto jamais passaria pelas mazelas daquele personagem.
Não pretendo ter blog nem usar estas ferramentas humanas mas se for de teu interesse podemos achar um canal para seguirmos nos conhecendo.
Encantado.
( carta recolhida e encaminhada por Marcelo Soares que diz tê-la encontrada quando voltava para casa):
Depois de ter minha imagem divulgada em rede social e em função de algum interesse da tua parte, resolvi me manifestar.
Chamo-me Edgar Alan Poe, o Gato.
Na verdade este não é meu nome de batismo, afinal nem batizado fui, venho de uma família alheia a questões religiosas.
Meu meu pai é de uma linhagem de angorás puros que há décadas se reproduzem em torno do mesmo endereço, aqui mesmo onde resido.
Alberto, pai, teve um caso com uma três pelos de rua, e deu numa ninhada de 4 irmãos. Nunca fomos bem aceitos pela "nobre" família e enquanto papai desfrutava dos melhores cômodos vivi a maior parte do tempo com minha mãe, irmãos e primos na gateira do casarão .
Não tenho maiores ressentimentos nem conflitos pois isso me fez um gato menos manhoso, embora os humanos pensem o contrário.
Assim como os demais bastardos cresci sem nome.
Aprendi a responder a "vem gatinho", "bichano", "miau", e outras expressões impessoais para um felino.
Esta quadra é ótima, tem um açougue charmoso que esta aberto há quase 40 anos onde sempre sobra um bom pedaço de carne fresca, movimento de jovens das escolas e cursinhos - para os quais não tenho muita paciência mas compensam as conversas bobas com afagos - o Bar Cruz de Malta embora bem a frente eventualmente visito sem precisar dos telhados, e principalmente desde há alguns anos o Sebo aqui ao lado.
Foi ali que conheci a literatura. Já nos primeiros dias passaram a me chamar de Edgar, alguns pela intimidade de Ed -o que eu não gosto, as vezes pelo nome completo de Alan Poe e alguns apenas por Poeta o que não faz muito sentido porque não escrevo uma linha e minha poesia é a rua.
Se pudesse teria escolhido outro nome, Matheu o liberto de Sartre faz mais meu tipo, Idade da Razão é meu livro e a propósito, e antes de mais nada, sou castrado e portanto jamais passaria pelas mazelas daquele personagem.
Não pretendo ter blog nem usar estas ferramentas humanas mas se for de teu interesse podemos achar um canal para seguirmos nos conhecendo.
Encantado.
( carta recolhida e encaminhada por Marcelo Soares que diz tê-la encontrada quando voltava para casa):
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