Através do blog Podeisso (*) chega a notícia :
Tommaso é um gato preto de quatro anos que tinha tudo para 'dar' errado na vida, se acreditasse em superstições. Mas aconteceu exatamente o contrário. Ele acaba de herdar cerca de 10 milhões de euros (R$ 24 milhões) de sua dona, identificada apenas como uma viúva de 94 anos de idade. A idosa morreu na Itália em novembro e deixou para o gatinho essa humilde fortuna.
O testamento foi escrito um ano antes da velhinha morrer. Ela havia pedido para seus advogados que procurassem uma entidade protetora, mas nenhuma foi aprovada. A viúva conheceu então Stefania, uma enfermeira que também gostava de animais.
Stefania acabou trabalhando com a senhora e com Tommaso até a morte dela, quando descobriu que havia herdado os milhões para cuidar adequadamente do gato 'orfão'.
Preciso conferir se Tommaso não é meu parente. Se à noite todos os gatos são pardos, todos os gatos pretos tem parentesco.
(*) http://br.omg.yahoo.com/blogs/podeisso/
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
Kafka à Beira Mar
Agora estou muito ocupada em ler.
Preciso, antes de mais nada, saber se o livro tem alguma coisa a ver comigo. De início tem Kafka ( meu autor predileto) e a minha foto.
Assim que esclarecer estes pontos e estiver mais dispónível volto a escrever.
Abraço a todos
SUETO
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Viagem a Portugal
Outro dia deparei-me com a Sueto olhando esta foto.
- Que foto é esta? , perguntei-lhe.
- Ora, mas então não sabes?
Notei algo diferente na forma como Sueto pronunciou a pergunta, mas não pude detectar do que se tratava.
- Te confesso que não estou me situando.
- É de minha viagem a Portugal.
- A Portugal?
Sabia que Sueto, num dado momento de sua vida, tinha feito uma viagem mas não sabia que tinha ido a Portugal.
- E como foi, gostaste?
- Muito... achei os gatos de lá muito cultos.Na foto estou fazendo a saudação felina a um deles.Podia até conversar de literatura.
- Literatura?!
- Sim, claro, qual o espanto?
- Nada, nada, é que não é muito comum gatos gostarem de literatura.
- Em Portugal, sim. Em parte deve ser decorrência dos grandes escritores que tem.
- Tens razão.
- Pois.
- Pois, o quê?
- Nada, estou aqui a pensar.
Decidi não insistir. A foto parecia lhe trazer lembranças muito vívidas e Sueto, já agora totalmente mergulhada em seu mundo particular,não iria mais me dar atenção.
foto Flora Vasconcelos - Portugal
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
As Máscaras de Veneza
Sueto tem uma predileção toda especial por Veneza.
Já tinha comentado com ela que fiquei com a impressão de que Veneza tinha me parecido um ambiente propício para gatos e, embora isto possa ter mudado, lembro de vê-los presentes em muitas situações.
Há muitas coisas na atmosfera da cidade com as quais Sueto se identifica. As vielas estreitas, os canais, as pontes, o casario antigo, Vivaldi, Casanova, Thomas Mann e a Morte em Veneza de Visconti.
Mas, em particular, há também o Carnaval e o seu clima de farsa, de teatro.
É um momento de metamorfoses, de invasão de seres híbridos, surgidos misteriosamente de sob a superfície do cotidiano.
São seres os mais variados, normalmente apenas poéticos, outros, no entanto, bem bizarros, meio gente, meio animais.
Alguns visivelmente são humanos e apenas recobrem o rosto com uma máscara. Mas, em certos casos, fica no ar um mistério. Sueto se sente atraída de tal forma por Veneza que imagino se não teria com a cidade um vínculo mais forte. É quando, levado talvez pela imaginação, tenho a sensação de que os seres que me olham por detrás das máscaras, seres que noutras circunstância nos pareceriam absolutamente desprovidos de mistério, escondem alguma revelação, alguma relação mais profunda com a natureza.
Tenho a sensação , até mesmo, que em algum momento é a própria Sueto a me fitar com um olhar enigmático, ao mesmo tempo felino mas também evocativo de outro reino.
É quando me vem à mente os versos de Rilke.
Est-il d'ici ? Non, des deux. empires naquit sa vaste nature.
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Já tinha comentado com ela que fiquei com a impressão de que Veneza tinha me parecido um ambiente propício para gatos e, embora isto possa ter mudado, lembro de vê-los presentes em muitas situações.
Há muitas coisas na atmosfera da cidade com as quais Sueto se identifica. As vielas estreitas, os canais, as pontes, o casario antigo, Vivaldi, Casanova, Thomas Mann e a Morte em Veneza de Visconti.
Mas, em particular, há também o Carnaval e o seu clima de farsa, de teatro.
É um momento de metamorfoses, de invasão de seres híbridos, surgidos misteriosamente de sob a superfície do cotidiano.
São seres os mais variados, normalmente apenas poéticos, outros, no entanto, bem bizarros, meio gente, meio animais.
Alguns visivelmente são humanos e apenas recobrem o rosto com uma máscara. Mas, em certos casos, fica no ar um mistério. Sueto se sente atraída de tal forma por Veneza que imagino se não teria com a cidade um vínculo mais forte. É quando, levado talvez pela imaginação, tenho a sensação de que os seres que me olham por detrás das máscaras, seres que noutras circunstância nos pareceriam absolutamente desprovidos de mistério, escondem alguma revelação, alguma relação mais profunda com a natureza.
Tenho a sensação , até mesmo, que em algum momento é a própria Sueto a me fitar com um olhar enigmático, ao mesmo tempo felino mas também evocativo de outro reino.
É quando me vem à mente os versos de Rilke.
Est-il d'ici ? Non, des deux. empires naquit sa vaste nature.
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
As Time Goes By
Surpreendi Sueto novamente submergida em suas pequenas depressões a ouvir As Time Goes By.
Tenho quase certeza de que deve estar a lembrar de algum namorado mas , até hoje, nunca me revelou nada a respeito de sua vida amorosa.
Tudo que sei é que deve ter tido uma ou duas paixões bem fortes pois nas duas ocasiões, para meu desespero, desapareceu por um par de semanas e nas duas retornou grávida.
A primeira ninhada, 3 filhores, perdeu atacada por um cão traiçoeiro que tinha em casa.
A segunda, creio que 7 filhotes, fui doando gesto do qual me arrependo pois não fiquei com nenhum deles.
Sueto talvez se ressinta disto também, de não ter agora que já não é uma mocinha, uma cria sua. Como não sou mulher talvez, também, deve haver um território dos sentimentos de Sueto no qual não consigo penetrar e não posso, assim, ajudá-la como devia.
O pior é que vendo Sueto assim, também eu me sinto triste.
E evito de olhá-la nos olhos não só para não me sentir ainda mais culpado como para evitar constatar, por mais improvável que possam achar, que há lágrimas em seus olhos.
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